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Impeachment: Federações da indústria se manifestam sobre a crise

As principais federações estaduais das indústrias e também a CNI se manifestaram na semana passada a respeito da atual crise política e econômica que o País atravessa. Em comunicados divulgados em seus sites, algumas dessas entidades manifestaram preocupação com o agravamento da crise econômica; outras, também em comunicados ou em coletivas de imprensa de seus dirigentes, caso da Firjan e da Fiesp, passaram a defender o impeachment.

A CNI - Confederação Nacional das Indústrias divulgou um “Comunicado á Nação” em que afirma que “a indústria nacional não pode aceitar que disputas e desavenças políticas se sobreponham aos interesses maiores da nação”.

Em outro trecho, a entidade destaca que é imprescindível restabelecer a governabilidade. “É fundamental restaurar a moralidade no trato dos assuntos públicos, adotar melhores práticas administrativas e implantar medidas favoráveis à estabilidade social, ao emprego e ao desenvolvimento. O setor empresarial espera que as instituições brasileiras, principalmente o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), com o apoio e a participação da sociedade, consigam encontrar, com urgência, soluções para tirar o país da crise política e econômica”.

A Fiergs - Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul manifestou-se exigindo solução imediata para a crise política do País. “A economia não pode esperar, a indústria não pode esperar”, destaca o site da entidade. Heitor José Müller, presidente da Fiergs, afirmou em nota que “o Brasil chegou a um impasse político que precisa ser resolvido com urgência, respeitando as possibilidades legais, entre elas o processo de impeachment previsto na Constituição. Do equacionamento da crise política depende a retomada da economia, hoje em forte declínio”.

O presidente da Fiesc - Federação das Indústrias de Santa Catarina, Glauco José Côrte, manifestou-se durante talk show, organizado pela entidade no último dia 17 de março. Frisando que o País vive profunda crise de governança, disse: “Estamos há 15 meses sem nenhuma medida, iniciativa ou proposta do governo no sentido de ajudar na recuperação da economia. Pelo contrário, o que o governo encaminhou são medidas que acabam agravando mais a situação de depressão econômica”. E completou: “nossa convicção é que o atual governo, de fato, não tem condições de reverter a situação que nos encontramos”.

Já o presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, declarou em entrevista coletiva na sede da entidade “que a presidente Dilma Rousseff não parece inclinada à renúncia, que seria a forma mais rápida de resolver a questão política que trava a economia. Por isso, o impeachment passou a ser a opção prioritária” (...) “A bandeira de todos nós, ontem, era renúncia já”, disse Skaf, “mas a presidente não renunciou e não sinaliza vontade de renunciar. Hoje é Impeachment Já!”

Também no dia 17 de março, em entrevista coletiva, o presidente da Firjan - Federação das Industrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, foi enfático: “Não dá mais. Nós estamos pedindo um basta e esse basta se dá com o impeachment. Isso tem que acontecer por meio do trabalho dos nossos congressistas, que têm essa responsabilidade e têm que fazer o que deve ser feito, o mais rapidamente possível, dentro da democracia, da constituição e da legislação brasileira”, afirmou. No mesmo dia, Vieira participou de reunião, via videoconferência, com representantes das federações do Paraná, Pará, Espírito Santo e São Paulo para alinharem as ações em prol do andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Por sua vez, a Fiep - Federação das Indústrias do Estado do Paraná declarou “seu total apoio à Lava Jato e a todas as operações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal que estão ajudando a passar o Brasil a limpo”. O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, acredita inclusive que este é o momento de se elaborar uma nova constituição: “Neste momento decisivo para os rumos do Brasil, pode-se até colocar em pauta a possibilidade de elaboração de uma nova Carta Magna, que contemple todos os ajustes necessários para uma verdadeira transformação do país”.

Outras entidades, como a Fiemg e a Fieb, apenas colocaram em seus sites o Comunicado à Nação assinado por Robson Andrade, presidente da CNI e que conclui assim: “Neste momento turbulento da vida nacional, a indústria brasileira exige grandeza, serenidade e espírito público dos homens e das mulheres que ocupam os Três Poderes da República, para que o Brasil possa superar o cenário adverso, voltar a crescer e ter confiança no futuro”.


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